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Coluna A Tarde: A sucessão baiana às claras - Por Samuel Celestino

Publicado por     |   27 Mai 2014
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Semana que promete. A começar pela Bahia onde de há muito não se sabe como os candidatos ao governo e ao senado estão se comportando na pré-campanha eleitoral e qual a aceitação de cada um diante do eleitorado. Informa-se que nas próximas horas será divulgada a primeira pesquisa oficial da sucessão, realizada pelo Ibope. As consultas têm melhorado e, com isso, seus conceitos de igual forma.

Wagner ganhou para Paulo Souto na sua primeira eleição, derrotando também as pesquisas que ofereciam resultados controversos. Utilizou como estratégia colar sua imagem e nome com o de Lula, que estava no auge. De lá para cá, passou a governar e, naturalmente, a política evoluiu (em muitos casos para pior, como se observa no cenário nacional, onde a corrupção é obsequiada com mesuras) e, com ela, as pesquisas de opinião.

A oposição montou uma chapa forte, com Paulo Souto, Joacy Góes, na vice, e Geddel Vieira Lima no Senado. Demorou, e muito, para chegar a um entendimento. Quando isso aconteceu, em abril, os partidos que lastreiam os candidatos, DEM, PSDB e PMDB, conseguiram um acordo sem trauma. Da mesma forma ocorreu com o governador Jaques Wagner, mas no ano passado, época em que dispunha de quatro pré-candidatos. Decidiu solitariamente por seu chefe da Casa Civil, Rui Costa, permitindo, conseqüentemente, que ele estivesse a mais tempo não em palanque, mas na condição de pré-candidato. Otto Alencar disputa, sem problema algum, o Senado, exclusivamente por sua própria escolha e acordo, representando o seu PDS. A socialista Lídice da Mata decidiu fácil, comandando o PSB, e convenceu a ex-ministra Eliana Calmon a fazer par com ela, candidata que é à senatoria.

Assim, sabem-se quem são os pré-candidatos, mas como estão nas suas  andanças, principalmente no interior, os jornalistas se guiam exclusivamente com informações dos municípios, que absolutamente não têm lastro confiável (é o meu caso). E por pesquisas realizadas pelos partidos, que não  podem ser levadas em conta. Nos grandes municípios, Salvador no comando, na condição de primeiro colégio eleitoral do estado, Feira de Santana, segundo colégio eleitoral, sabe-se que Souto dispara. Ambos têm o comando do DEM. Mas, de resto, não é possível afirmar nada, a não ser nas conversas políticas onde o assunto sempre é abordado e, naturalmente, a partir das tendências de cada um interlocutor. Jamais com imparcialidade.  

Justo por isso, a primeira pesquisa, anunciada pelo Ibope, ofertará os primeiros sinais de como andam as aceitações políticas dos candidatos. Será, então, um marco oficializado pela Justiça Eleitoral. Provavelmente, os resultados mexerão o caldeirão e despertarão, como verdadeiras ou mentirosas, as informações oriundas do interior. Queira-se ou não, uma consulta oficializada é, de certo modo, uma orientação como os fatos estão a acontecer num estado da amplitude da Bahia. A depender do que ocorrer por estas bandas, de alguma forma mexerá com a sucessão nacional.

A Bahia, por ter o maior número de beneficiários pelo bolsa família e ser o quarto colégio eleitoral do País é um estado presumivelmente petista. A situação ganhou, no entanto, novo contorno, e pode não ser o paraíso do P como o foi no segundo mandato de Lula e na eleição de Dilma. A presidente não está bem. Enfrenta problemas políticos. A corrupção se alastra, o governo procura forma de não esclarecer as dúvidas – mais, muito mais do que isso -  sobre a Petrobrás, aceitando uma CPI chapa branca que nasceu num dia e morreu no outro. A economia desliza, a inflação balança e o País, haja vista as convulsões populares que se observam, demonstra, de forma clara, que o Brasil está sem comando. Por tudo isso a sua votação no estado deverá ser bem menor do que a primeira. Principalmente se a oposição baiana estiver na rota de ser a bola da vez, num processo de alternância de poder.

Para não ficar somente em Dilma, na questão da sucessão presidencial, os candidatos oposicionistas, Eduardo Campos e Aécio Neves, este segundo melhor colocado (nas pesquisas), entenderam, que não dá para se apresentarem unidos, porque um deles terá que ir para o segundo turno, a não ser que, num cenário muito improvável, improbabilíssimo, diria, em que Dilma ganhe no primeiro turno ou não chegue à segunda rodada. Os dois, principalmente a partir de Eduardo Campos, começaram a se bicar.

Ainda recentemente, numa incursão no interior baiano (Vitória da Conquista), Campos traçou o perfil da realidade que vê e declarou que quem quiser deixar o Brasil da forma que está, com inflação elevada, economia desorganizada, sem gestão correta, com problemas de todos os tipos, já sabe em quem votar. Quem quiser votar no passado, quando o nordeste não era reconhecido e não recebia atenção, já sabe em quem votar. Mas quem quiser votar na mudança, num Nordeste que tenha seu espaço num processo de desenvolvimento e a sua população atendida, bem, nesta opção vocês sabem também em quem votar. Falou de Dilma, bicou Aécio e se apresentou como candidato. O texto não está no sentido literal do discurso. Assim, porém, as oposições tomam o seu espaço. Eduardo Campos em um, Aécio em outro, e os dois contra Dilma.

Micael B Silveira

Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.

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