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Quinta, 25 Abril 2024
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Segunda, 06 Julho 2015

"Foi tudo tão rápido que nem tive tempo de temer pela minha vida." A frase é do arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal dom Orani João Tempesta, assaltado na noite deste domingo (5) pela segunda vez em menos de um ano.

O religioso reiterou, porém, na tarde desta segunda (6), que ele "não está distante da realidade de seu povo".

O novo roubo foi registrado em Quintino, na zona norte do Rio. O arcebispo estava num carro, junto com um casal de italianos amigos, e foi interceptado por quatro criminosos armados no viaduto de Quintino por volta das 22h30.

Eles seguiam para a Arquidiocese do Rio após um evento com fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Paz, na Serrinha, em Campo Grande, zona oeste da cidade.

Os criminosos, que estavam em outro carro, abordaram o veículo modelo Kia Sorento que transportava o arcebispo. Nesta segunda, o cardeal disse que a ação durou menos de um minuto. Os assaltantes pareciam ser menores de idade e aparentavam estar drogados e nervosos.

Os ladrões apontaram pistolas para os passageiros e ordenaram que entregassem seus pertences, ainda segundo o arcebispo. Em seguida, fugiram com o carro e levaram o motorista Aloísio Araújo como refém.

Cerca de 200 metros adiante, Araújo foi liberado, mas os bandidos levaram o Kia e os pertences pessoais de todos os ocupantes.

Segundo dom Orani, o grupo havia saído da rota esperada, a avenida Brasil, para dar carona a dois seminaristas, que foram deixados em casa antes do assalto.

Do arcebispo foram levados o celular, o relógio, paramentos e uma cruz de prata que Orani ganhou de presente do papa João Paulo 2º. Este, segundo o religioso, é o bem cuja perda ele mais lastima.

Durante o assalto, os ladrões foram informados pelo motorista que a vítima era um religioso, mas ignoraram o fato e continuaram com o assalto. O cardeal não chegou falar com os criminosos.

Como a ação foi rápida, o arcebispo contou que não está traumatizado, apesar de ter sofrido dois assaltos em menos de um ano. Neste momento, ele lembrou que muitos cariocas já viveram essa experiência.

"PRECISA TRATAR BEM AS CRIANÇAS"

Também afirmou que não fará qualquer alteração em sua rotina ou no seu esquema de segurança. "São efeitos de uma cidade que precisa tratar bem de suas crianças, dar educação", disse o cardeal.

A declaração foi dada porque o arcebispo acredita que os assaltantes eram menores de idade. Mesmo assim, disse, se declarou contrário à redução da maioridade penal.

"Se forem para uma prisão normal, vão fazer pós-graduação [no crime]. Tem que recuperar com educação, de outra forma, de outra maneira, que os leve a sentir que tem valores que podem vir à tona, não só o mal, mas muita coisa boa que tem no coração também."

O motorista do cardeal foi ouvido e encaminhado para confecção de um retrato falado, mas não conseguiu descrever os assaltantes.

O cardeal e o casal que estava com ele no carro serão chamados para prestar depoimento.

A Polícia Militar fez buscas na região, mas nenhum dos suspeitos foi preso. O caso foi registrado na 24ª DP (Delegacia de Polícia) e as investigações vão ficar a cargo da 28ª DP.

Segundo a assessoria de imprensa da Arquidiocese, o carro foi encontrado no final da tarde de segunda no entorno do Morro da Pedreira, zona norte do Rio.

O número de carros roubados na região do Quintino aumentou de 119, no ano passado, para 135, em 2015. A região está sob a responsabilidade do 3º Batalhão da Polícia Militar. É composta por 22 bairros e tem cinco delegacias.

"EU TE PERDOO"

Em setembro do ano passado, o arcebispo foi roubado no trajeto entre o Centro de Estudos do Sumaré, no Alto da Boa Vista, e a sede da arquidiocese na Glória (zona sul do Rio).

Na ocasião, um dos bandidos que participaram do assalto reconheceu o arcebispo e pediu perdão ao religioso, mas ainda assim prosseguiu com o assalto, levando um anel, um crucifixo e o celular dele.

Na ocasião, o fotógrafo Gustavo de Oliveira, que estava no mesmo carro do arcebispo no momento do roubo, relatou à reportagem que o jovem questionou se Tempesta era da igreja e depois pediu perdão, dizendo que "não queria fazer isso". O religioso então disse "eu te perdoo, meu filho". Ao ser absolvido pelo religioso, o assaltante fugiu. Também foi levado pelos assaltantes a mochila de um seminarista e o equipamento fotográfico de Oliveira.

Durante a fuga, os bandidos resolveram abandonar os pertences de dom Orani, assim como os telefones roubados.

Fonte: O TEMPO

Publicado em Brasil
BN

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou enfaticamente em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta terça-feira (7) que não irá sair do cargo, apesar da pressão de adversários para derrubá-la. "Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política.

As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam", afirmou a presidente.

De acordo com Dilma, ela nunca "pegou um tostão" de dinheiro sujo e não há fundamento para que ela saia do poder e disse que a oposição que acredita que ela não irá terminar o mandato é uma quota "um tanto quanto golpista". "Não acho que toda a oposição que seja assim.

Assim como tem diferenças na base do governo, tem dentro da oposição. Alguns podem até tentar, não tenho controle disso. Não é necessário apenas querer, é necessário provar", afirmou. A presidente colocou panos quente no seu relacionamento com o PMDB. "Quem quer me tirar não é o PMDB. Nã-nã-nã-não! De jeito nenhum. Eu acho que o PMDB é ótimo.

As derrotas que tivemos podem ser revertidas. Aqui tudo vira crise", minimizou. Apesar de discordar da visão do ex-presidente Lula, Dilma defendeu que ele tem o direito de dizer o que quiser. "Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar", declarou.

Publicado em Política
BN

A novela em que se transformou o futuro partidário do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) ainda não tem prazo para o capítulo final. O principal entrave vivido pelo gestor da capital baiana são os correligionários filiados ao DEM – parte da bancada federal e caciques da legenda insistem na permanência do prefeito.

“O apelo é porque a saída pode representar o fim do partido”, sugere uma fonte próxima ao gestor. Por enquanto, ACM Neto estaria inclinado a partir para um voo ainda mais próximo dos irmãos Vieira Lima (Geddel e Lúcio), com uma eventual filiação ao PMDB. No entanto, ainda acontecem reuniões sequenciadas com membros do DEM para tentar manter o prefeito em seu ninho original – ACM Neto é filiado ao partido desde o antigo PFL.

Além da saída do prefeito, o DEM ainda enfrenta o receio causado pela janela partidária, aprovada pela Câmara Federal como consequência da minirreforma política. De acordo com políticos ligados ao partido, confirmada a migração do prefeito de Salvador, há o receio de uma debandada de políticos aliados, em busca de um partido com maior musculatura para as eleições de 2016 e 2018.

 

Publicado em Política
UOL

Poucos governos fazem pleno uso dos impostos sobre o tabaco para dissuadir as pessoas de fumar ou ajudá-las a reduzir o consumo e parar, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (7), recomendando que pelo menos 75% do preço de um maço de cigarros deva ser de taxas.

No relatório "A Epidemia Mundial de Tabaco 2015", a agência de saúde da ONU aponta que uma pessoa morre de doenças relacionadas ao tabaco aproximadamente a cada seis segundos, o equivalente a cerca de 6 milhões de pessoas por ano. Esse número deve aumentar para mais de 8 milhões de pessoas por ano até 2030 se não forem tomadas medidas fortes para controlar o que a OMS chama de "epidemia do tabaco".

Há um bilhão de fumantes em todo o mundo, mas muitos países têm impostos extremamente baixos sobre o tabaco e alguns não impõem nenhuma taxação sequer sobre o produto, segundo a agência.

"Aumentar os impostos sobre os produtos do tabaco é um dos meios mais eficazes -e de melhor relação custo-benefício- para reduzir o consumo de produtos que matam e, ao mesmo tempo, gerar receitas substanciais", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, no relatório. Ela pediu a todos os governos que examinem as evidências e "adotem uma das melhores opções de política ganha-ganha disponíveis para a saúde".

O fumo é um dos quatro principais fatores de risco por trás de doenças não transmissíveis - a maioria dos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e pulmonares e diabetes. Em 2012 essas doenças mataram 16 milhões de pessoas com menos de 70 anos, sendo mais de 80% dessas mortes nos países pobres ou de renda média.

Douglas Bettcher, um especialista da OMS sobre a prevenção de doenças não transmissíveis, citou evidências de países como a China e a França, onde a imposição de impostos mais elevados sobre o tabaco levou à redução do consumo e ajudou as pessoas a parar de fumar. 

Publicado em Mundo