Proposta de Emenda Constitucional – PEC apresentada pelo Deputado Luciano Ribeiro na Assembleia Legislativa, em 17 de maio, prevê na Composição do Tribunal de Contas da Bahia a indicação de um de seus membros pela OAB.
Para o deputado, a proposta visa equiparar os Tribunais de Contas da Bahia à regra observada no Quinto Constitucional obedecida pelos Tribunais Judiciais no país. “Assim valorizamos o advogado que é essencial à administração da Justiça, além de democratizar a escolha dos conselheiros” salientou Ribeiro.
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O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, se absteve de comentar a declaração do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, de que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estivesse impedido, ele poderia disputar as eleições presidenciais pelo partido em 2018 (leia aqui).
Questionado se teria algo a comentar em relação à possibilidade, o titular da SDE deu uma resposta curta e grossa: “Nada”. Já ao falar sobre a grave crise política que atinge o governo Michel Temer, Wagner avaliou que o presidente tem “baixa condição de governabilidade” e pregou que, caso ele saia do cargo, é necessária a realização de eleições diretas.
“Se houver algum desfecho do mandato dele, melhor seria ter uma Emenda Constitucional votada rapidamente para antecipar as eleições de 2018 para 2017. Sem a consulta popular, dificilmente nós vamos achar uma saída com estabilidade”, defendeu.
O petista também se esquivou de apontar qual das três saídas mais fortemente apontadas – impeachment, renúncia ou cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – poderiam tirar Temer da Presidência da República. “Aí é futurologia”, respondeu.
Por Leandro Flores
Sou do tipo que não se enquadra em nenhum tipo de “encaixotamento” político, religioso ou ideológico. Simplesmente não consigo fechar os meus olhos, escolher um lado e achar que quem não concorda comigo (ou que quem escolheu o outro lado no qual eu não me encontro) esteja errado e que eu deva combater veementemente até convencê-lo de seus equívocos... Não. Não, não sou o dono da verdade. Até porque a verdade, muitas das vezes é relativa. Vai depender do ângulo de observação.
Quando se trata de política então, a coisa fica mais relativa do que nunca. Quem em sã consciência intelectual ou cultural vá afirmar categoricamente que o que se passa atualmente com o nosso país seja apenas um objeto de POSICIONAMENTO POLÍTICO? Que quem seja a favor de uma determinada lógica política esteja completamente com a razão e que o outro lado seja o usurpador, o alienado ou o ladrão da história?
Passamos por uma turbulência que certamente será histórica e decisiva para o futuro de nossa tão estimada “Pátria amada”. O Brasil vive uma crise que ultrapassa a área econômica, financeira, política, ética, moral... É uma crise existencial. Não podemos escolher um lado do galho e ficar jogando pedra em quem está do outro lado, buscando o mesmo objetivo. É preciso que haja respeito e tolerância se quisermos encontrar realmente um caminho para se sair da beirada do precipício.
Vivemos uma aberração total de valores em todos os sentidos. Seja de tolerância e aceitação, seja na razoabilidade do posicionamento intelectual. Pensar, agir e ser, acabou sendo uma questão de sobrevivência humana. Aquela capaz de criar e recriar mecanismo de aceitabilidade conjuntiva e de transformação social e cultural e que determina a harmonização da convivência. Há um abismo enorme se abrindo ao nosso redor e não nos damos conta que uma força invisível empurra-nos catastroficamente para esse abismo. No momento sentimos apenas o cheiro podre de “enxofre” e a fumaça obscura das conjunções. Mas ele existe e é inevitável. E não adianta, escolher um lado. TODOS NÓS BRASILEIROS INCONSCIENTEMENTE ESTAMOS CAMINHANDO PARA ESSE MESMO ABISMO... Recitando a mesma cartilha da ignorância e da velha truculência política partidária.
A principal questão é: de quem é a culpa? Qual é a força que nos empurra para o submundo das abominações irrestritas da racionalidade? A primeira reação seria colocar a culpa no outro (um arquétipo descrito e carimbado desde a criação do mundo). Mas se formos capazes de analisar a situação por outros ângulos veremos a nossa cara em todo esse processo. Sim. Fomos nós que construímos esse abismo e somos nós os causadores desse tenebroso episódio suicida. Os “odores” nada mais são do que a nossa hipocrisia e a falta de senso e de percepção da realidade que nos cerca. Tudo isso, já estava criado e pronto para emergir a qualquer momento. Infelizmente chegou a hora e se não acordamos a tempo seremos tragados irremediavelmente para o fundo do poço. E aí só Deus saberá se ainda teremos força para sobrevivência.