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Terça, 09 Outubro 2018

Por Paulo Oliveira - Meus Sertões

O ônibus entra em Condeúba, a 150 km de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. No caminho até a agência da Viação Novo Horizonte, diante da igreja matriz de Santo Antônio, passa por uma construção de pedras com uma coroa de zinco fincada em uma haste presa ao teto. A gruta chama a atenção de quem está na cidade pela primeira vez e traz em si uma história muito interessante, que nos é contada pelo mestre de obra Anfilófilo Antônio de Souza, o seu Filó, 84 anos, integrante da Irmandade do Santíssimo Sacramento.

Tudo começou no início dos anos 1970. com uma ideia do padre Vítor Coelho de Almeida.

Segundo filho de Leão Coelho de Almeida e Maria Sebastiana Moreira, Vítor foi um guri muito levado. Aos 7 anos, ele esteve à beira da morte por causa de problemas pulmonares A tuberculose ameaçou sua vida em duas outras ocasiões – aos 22 e aos 41 anos.

Órfão de mãe desde os oito anos Vítor, foi internado no Colégio Redentorista Santo Afonso, em Aparecida (SP). Depois, entrou para o seminário e foi ordenado em Gars am Inn, na Alemanha. Em 1949, sem um pulmão e curado de pneumonia, o religioso foi trabalhar no santuário de Nossa Senhora e incentivou a fundação da rádio Aparecida.

Foi na emissora, onde permaneceu por quase duas décadas, que idealizou o concurso para atrair sócios para a rádio. Em 1972, anunciou que a cidade baiana que angariasse maior número de associados ganharia uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Acrescentou ainda que a entrega contaria com a apresentação de músicos da rádio e a presença de bispos e padres.

“E assim aconteceu. Condeúba reuniu 368 sócios, que passaram a fazer doações mensais, e ficou em primeiro lugar” – conta seu Filó.

Publicado em Condeúba