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As consequências da arrogância...

Publicado por     |   19 Jul 2014
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 Autoritarismo, falta de flexibilidade, desprezo pelos outros, não aceitar opiniões alheias e ter certeza de estar sempre com a razão caracterizam pessoas arrogantes. Conviver com quem é assim não é nada fácil, principalmente porque a arrogância impossibilita o indivíduo de perceber os próprios atos.  Aarrogância não é exclusividade de uma classe econômica ou so­cial, pode ser encontrada entre ricos e pobres, pessoas cultas e ignorantes. 

Conflitos: se você estiver em um relacionamento no qual as discussões parecem surgir do nada, isso talvez indique que um de vocês dois é arrogante. Uma pessoa assim, não apenas atrai conflitos, como os causa. Uma pessoa soberba vê a discordância como uma afronta pessoal e ataca quem discorda dela. Se você percebe que age assim, é hora de refletir sobre o papel que a arrogância e a presunção desempenham na sua atitude e no seu comportamento. 

 

Queda: diante do sucesso o coração se exalta. É quase que uma lei, se está no alto, cuide para que não caia. Depois de ganhar muito dinheiro em um projeto, ou depois de uma grande venda, somos seguidos por fracassos retumbantes. Por que? Porque nossas vitórias nos tornam arrogantes, o que nos leva aos fracassos subsequentes. Quantas empresas grandes sumiram no mercado? Quantas famílias tradicionalmente ricas ficaram sem nada do dia para a noite? 

 

É essencial aprendermos a detectar a presença da arrogância em nós e a lidar com ela. Um funcionário do Banco Central, especialista em reconhecer dinheiro falso, falou: Eu não analiso notas falsas, só analiso as verdadeiras. Explicou que, conhecendo cada centímetro quadrado das notas de 20, 50 e 100 legítimas, quase sempre podia reconhecer instantaneamente uma nota falsificada.

 

O mesmo vale para a arrogância. A melhor maneira de reconhecê-la é compreender a natureza da verdadeira humildade. Ao nos familiarizarmos com suas características, podemos identificar sua ausência instantaneamente. E, quando não há humildade, geralmente a arrogância assume o controle.

De acordo com pesquisas os arrogantes entendem que este é o único meio que têm para conseguir o que precisam ou desejam. Isso porque ao longo da vida aprenderam ou internalizaram que para conseguir respeito devem agir assim. Ela explica que desde muito cedo algumas crianças aprendem a conseguir o que querem por meio de birras e podem crescer com dificuldades em aceitar frustrações. Desse modo, na vida adulta, ao carregar esse aprendizado, se tornam autoritárias, petulantes e insolentes, não desenvolvem modéstia, humildade nem mesmo solidariedade.

 

 Pessoas que ascendem repentinamente de cargo, de postura social e até mesmo ao longo da vida também podem se tornar arrogantes. Entre as conseqüências da arrogância está o afastamento de pessoas do convívio, já que os arrogantes tendem a humilhar quem está por perto. Além disso, os arrogantes não costumam admitir os próprios erros, não os reconhecem, acabam por impor suas vontades e agem como um trator para alcançar suas vontades.

 

Os arrogantes têm problemas psicológicos e permanece no limite entre neurose e psicose. A arrogância faz a pessoa acreditar que se basta e raramente aceita ajuda, com o tempo à tendência é não receber apoio nem amor. Com isso, a pessoa se perceberá sozinha. Arrogantes, em geral, não confiam em si e apresentam falsa estima. A única forma de se mostrar é por meio da petulância e do autoritarismo. No fundo não confiam nas próprias idéias e em si, por isso acreditam que precisam se impor aos outros.

 

O modo de lidar com arrogantes varia de acordo com o ambiente em que ele se encontra. Se a arrogância está presente no ambiente familiar, com pessoas do convívio diário, o melhor meio de lidar com essa pessoa é com carinho, mas sem ceder às vontades dela. O ideal é mostrar atitudes de respeito com os outros, dizer ao arrogante como se sente diante da arrogância e como suas atitudes afastam os outros. Quando a arrogância está presente no trabalho, sugere-se o afastamento. É melhor se afastar ou não dar tanta atenção. Mas, se o arrogante for algum amigo, em vez de ignorá-lo, vale conversar a respeito, mostrar como percebe o comportamento dele e assim fazê-lo refletir. Independentemente do local onde a arrogância esteja presente, ela atrapalha. No trabalho, por exemplo, quem a possui costuma ser autoritário e não mostrar o que sabe de fato. Os colegas se afastam, surgem problemas de relacionamento na empresa e é difícil de ser uma pessoa confiável. Já no campo afetivo é mais complicado, pois quem é arrogante tem dificuldade em ser carinhoso. Essas pessoas tendem a ficar sozinhas e ainda culpam os outros por sua solidão.

 

Sorria mais aos outros e à vida

 

Para o arrogante ser assim faz parte de sua natureza e, muitas vezes, é tão natural que nem percebe o mal que causa aos outros e a si mesmo. Outro ponto que dificulta a autopercepção é o fato de, mesmo com arrogância, alguns conseguirem tudo o que desejam. Isso ocorre porque as pessoas do convívio do arrogante, provavelmente, estão numa posição de submissão, seja pelo cargo ocupado ou por medo, já que a arrogância, em grande parte, se associa à agressividade. Arrogantes lidam consigo como com os outros: são insolentes e petulantes e, conseqüentemente, não entram em contato com a própria doçura e delicadeza que possuem.

Para modificar esse quadro, em primeiro lugar, o desejo de mudança. Caso não tenha se dado conta de que é arrogante observe como os outros lhe tratam. Há simpatia? Ao constatar ser arrogante, procure modificar alguns comportamentos. Um bom começo é incluir “por favor” e “obrigado” ao vocabulário. Outra dica é cumprimentar as pessoas com um sorriso e adotá-lo ao longo do dia, da vida. Se ainda assim não resolver é hora de procurar ajuda profissional.

 

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 Valdivino Alves é Matemático, Contador, Bacharel em Direito, Psicopedagogo e Psicanalista. Professor nos cursos de Pedagogia, Matemática, Ciências Contábeis e Administração, na modalidade presencial e EAD. Autor de dez livros, e, escreve sobre Educação e Comportamento.

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