Para Mascarenhas, a impunidade incentiva a criminalidade. O comandante apontou dois sérios problemas que ajudam a explicar porque muitos criminosos considerados de alta periculosidade estão voltando às ruas na terceira maior cidade do estado.
O primeiro aspecto está na questão estrutural, pois o presídio da cidade não comporta a quantidade de presos que a polícia está prendendo. Já o segundo aspecto diz respeito à recomendação do sistema nacional de justiça, que diz que o réu deverá aguardar o julgamento em liberdade, devendo ser detido somente em último caso.
Questionado sobre se esses fatores afetam o trabalho da polícia, o Major afirmou que não, embora, segundo ele, deixe a comunidade insegura. “Não desmoraliza o trabalho da polícia, mas essa política de liberação de presos gera um impacto negativo na sociedade. Vamos continuar prendendo, vamos seguir a risca essa determinação de tirar de circulação os que estão indo de encontro com a ordem pública”, respondeu Mascarenhas.
O comandante afirmou ainda que o número de prisões é equivalente ao número de liberações no município. “A polícia tem efetuado entre 45 e 50 prisões ao mês aqui em Conquista, mas tem acontecido o mesmo tanto de liberação ou até mais. A gente prende e a justiça solta. Se temos de enxugar gelo, assim vamos fazer. A polícia vai continuar prendendo e a justiça liberando o que ela achar que deve liberar”, concluiu ele.