Uma organização criminosa acusada de causar prejuízo de R$ 10 milhões à Caixa Econômica Federal foi denunciada pelo Ministério Público Federal em Feira de Santana (MPF-BA), a cerca de 120 km de Salvador. A investigação resulta da Operação Ali Babá, iniciada em 2013, que identificou o envolvimento de 11 pessoas - atualmente presas.
A quadrilha, que atuava em municípios no interior da Bahia, era liderada há mais de dez anos por David Augusto Filgueiras Viana, e estava sob investigação desde 2013. Os denunciados criavam empresas jurídicas fantasmas e utilizavam “laranjas” para abrir contas e contrair empréstimos em diversos bancos, incluindo a Caixa.
Segundo o procurador da República, Samir Cabus Nachef Júnior, "a organização criminosa não quitava as dívidas. Houve obtenção de vantagem financeira indevida com o prejuízo alheio, o que implica em crime de estelionato".
Segundo o MPF, David Viana já havia constituído mais de mil empresas de fachada, e utilizou sete nomes falsos para cometer os delitos. Ele deverá responder por 22 atos de estelionato e tentativa de obter empréstimo fraudulento, além de ser enquadrado por comandar a organização criminosa.
MAIS DEZ RÉUS — Agnaldo dos Santos, Argilan Oliveira Franco, André Luiz Santos Braga de Souza, Joymmir Coutinho de Souza, Caroline Pereira Melo, Carlos André Alves de Araújo, Carlos Sydney Novais de Andrade, Claudinei Alves de Araújo, Marcelo Silva Araújo, e Carlos Eduardo de Andrade Pessoa — foram também enquadrados no art. 2 da Lei nº 12.850/13. Os quatro primeiros irão, ainda, responder por diversos crimes previstos no Código Penal, entre eles o de estelionato e o de falsidade ideológica.