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O jogo das pesquisas - Por Samuel Celestino

  |   10 Jun 2014
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Os petistas baianos supõem que, na próxima pesquisa de opinião, é certo ou muito provável que o candidato Rui Costa ultrapassará Lídice da Mata que, no Ibope recente, apareceu com 14% contra 9% de Rui e 42% de Paulo Souto. Em contraponto, o socialista Domingos Leonelli assegura que a candidata estará no segundo turno, donde se conclui que ela ocupará o lugar de Paulo Souto ou o de Rui Costa.

Certo é que não se podem realizar conjecturas sobre suposições.  Em pesquisas tudo é possível, inclusive toca o temor de Lula que a presidente Dilma Rousseff, ao cair para 33% - mesmo percentual de junho do ano passado, na época das grandes manifestações populares – haja possibilidades de que as quedas  permaneçam, daí fazer apelos aos militantes do PT.

Por ora, o que as pesquisas demonstram de verdade é que, num previsível  segundo turno, o adversário da presidente deva ser Aécio Neves e, ainda, que os brasileiros estejam enfastiados dos políticos  que decepcionam em todos os sentidos, principalmente no quesito corrupção.

Eduardo Campos leva como desvantagem o fato de ser nordestino, justo a região em que o PT é mais forte. Já  Aécio tem os rebeldes peemedebistas do seu lado, ao exemplo da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais  (sua terra) São Paulo, Ceará e outros estados onde há desacordos dentro do velho PMDB. Com a última queda de Dilma,  retornou o grito “volta, Lula”, enquanto o ex-presidente passou a criticar a política econômica da gestora que colocou no Palácio do Planalto. Já o faz abertamente, porque abertamente está para os brasileiros a mesma compreensão. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, permanece com a sua embromação. Dilma já deveria tê-lo tirado do posto de há. Dá-se, então, que o PIB brasileiro caminha para ser o menor da história. De tal modo que foram buscar no século XIX o PIB do presidente Floriano Peixoto. De que forma não sei, até porque provavelmente naquela época não se falava em PIB. Depois, chegou-se a Collor de Mello para colocar a presidente em terceiro lugar.

Os empresários, de maneira geral, a detestam pelos resultados econômicos até aqui obtidos, com a indústria perdendo força , em queda  quase livre, e a inflação (que melhorou um pouco no último mês) rodopiando para cima. As críticas de Lula passaram a acontecer nesta direção, enquanto o marqueteiro baiano João Santana passou a ponderar sobre as dificuldades, embora entenda que a eleição de Dilma seja  provável. Antes, achava que até dezembro do ano passado ela iria recuperar a pontuação que perdeu no mês de junho. Melhorou, mas não chegou a tanto, justo em função da economia trôpega.

Este mês de junho é importantíssimo para a presidente em razão das convenções partidárias, principalmente a do PMDB que acontece sem se saber, ao certo, o número exato dos convencionais rebelados. Soma-se a isso o mês da Copa do Mundo que não se sabe, de igual maneira, o que virá a acontecer.

O Brasil, assim espero e torço, deve ganhar a Copa, mas, se perder, o povão vai chamar a presidente de pé frio. Aí o sentimento fala mais alto. Haverá as lembranças dos gastos exorbitantes para realizar a competição;  do “padrão Fifa” e as manifestações podem ocorrer depois do certame mundial. Se acontecer, não será nenhuma novidade. Empurrará  a depressão nacional para os dois meses antes das eleições. Naturalmente, João Santana deve estar pensando nisso. Assim como os assessores políticos da presidente.  

De outro ângulo, Lula deu ordem de comando ao PT determinando que haja rapidez total em relação às denúncias sobre corrupção nas hostes do PT, principalmente envolvendo parlamentares que tem aluído, e muito, a imagem da legenda, como é o caso do deputado André Vargas. O ex-presidente instruiu o partido que a resposta deve ser imediata por causar desgaste extra à campanha de Dilma. A ordem é afastar o corrupto imediatamente do partido. O problema é que a decisão ocorre  atrasada, porque o PT costumava negar qualquer participação de integrantes da legenda, até que fatos concretos surgiram no cenário. De acordo com um petista, ao comentar a decisão “ou se cumpre ou podemos ir para casa”. O que significa, em outras palavras, uma derrota eleitoral. Chega atrasada porque estamos num período em que o foco das notícias será a Copa do Mundo, e, além disso, o Congresso entrará em recesso.

 O PT ficou marcado com os mensaleiros e, mais recentemente, com a evidência das tramóias do deputado paranaense André Vargas, que está a responder processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, embora já desligado do PT. O que significa que não poderá ser candidato porque não está mais filiado a partido político.

*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde desta terça-feira (10).

Micael B Silveira

Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.

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