Gente próxima a Dilma voltou a pedir a Wagner a cabeça de Gabrielli, que ocupa o cargo de secretário estadual de Planejamento, ao passo que os lulistas de primeira hora, entre os quais se encontram o secretário de Wagner, acham que o ex-presidente da Petrobras não cumpriu mais do que sua obrigação, ao colocar, segundo eles, “os pontos nos iis”, na entrevista que deu ao Estadão.
Em sua coluna Painel de hoje, a Folha de S. Paulo revela que aliados da presidente consideram que é maior do que o imaginado o estrago causado pela entrevista de Gabrielli. Temem, inclusive, que a oposição tenha ganho discurso para que uma eventual CPI da Petrobras foque sobre a responsabilidade de Dilma no caso e não no mau negócio em si.
Daí a sanha dos aliados de Dilma em punir o secretário, pedindo a Wagner a sua cabeça, como já fizeram quando o assunto Pasadena veio a público pela primeira vez (conforme noticiou com exclusividade este Política Livre) e a presidente Dilma disse que se baseou em documentação incompleta para aprovar a compra no Conselho de Administração da Petrobras.
O problema é que Wagner é amigo tanto de Lula quanto de Dilma e a posição de Gabrielli no governo estadual não tem nada a ver com seu envolvimento no desastroso negócio executado pela estatal. Afinal, é exatamente pela compra de Pasadena que Gabrielli tem sido obrigado a vir a público constantemente dar explicações, processo em relação ao qual todas as responsabilidades, doa a quem doer, precisam realmente ser apuradas com absoluto rigor.