A Operação Sothis, como foi batizada a 47ª etapa da Operação Lava jato, tem como alvo o ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, que foi alvo de um mandado de prisão temporária (clique aqui) por suspeita de participar de um esquema de corrupção envolvendo a subsidiária da Petrobras. Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, ele recebia 0,5% de um contrato de uma empresa de engenharia como propina – inicialmente ele havia pedido 1%.
“Esse valor foi pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente”, afirma o MPF em nota. José Antônio e seus familiares são investigados por suspeita de negociar com a empresa de engenharia o recebimento de R$ 7 milhões em propinas. O valor foi pago mensalmente em benefício do PT, entre setembro de 2009 e março de 2014.
A procuradora da República Jerusa Burmann Viecili aponta que “nesse caso houve um dos esquemas mais rudimentares de lavagem de dinheiro da Lava Jato. A propina saía da conta bancária da empresa de engenharia para a conta bancária de empresa do filho, sem qualquer contrato ou justificativa para o repasse do dinheiro”.
Estão sendo investigados contratos da empresa do filho do ex-gerente, que é controlada efetivamente pelo pai, com a Transpetro, “o que pode indicar a inexistência ou falha grave de mecanismos de compliance”. O nome e da operação é uma referência a uma das empresas investigadas, a Sirius – a estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis.
Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.
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