Quem diria! Lá atrás, 152 anos passados, da emancipação daquela então Vila de Santo Antonio da Barra, pequenino lugarejo implantado no sertão baiano, sereno como seu povo, tranqüilo como o cair da garoa no mês de junho, que não molha a terra, mas, umedece as folhas das plantas, prorrogando a sua mutação.
Quem diria! Que esse povo sereno, ordeiro e desbravadores projetariam para suas gerações futuras tantos dissabores, desencontros, banalidades, não por culpa das gerações passadas e presentes, mas, talvez por uma das culpas mais aviltante que tem assolado o nosso povo e ceifada vidas de inocentes, que pagaram e continuam pagando por um sistema capitalista nefasto, que está impreguinado na sociedade Brasileira que é a má distribuição de renda. Ela vem dos idos de 1500 na época da descoberta do Brasil por Cabral, e até hoje ninguém consegue colocar esta situação no eixo.
Antiga Vila de Santo Antonio da Barra, hoje Condeúba, se eu tivesse o poder de comunicar com nossos antepassados eu diria o seguinte: Nossa cidade continua terra de povo ordeiro, hospitaleiro, trabalhador e cumpridor com seus deveres. Exceto os percalços que nela tem se infiltrado nos últimos anos por conta do chamado progresso e que se repetiu neste começo de semana junina, onde deixou a população boquiaberta, impotente, amedrontada e sintomática de:
Perplexidade, angustia, temor, náuseas, pavor, foi assim que ficou parte da população condeubense nesta segunda feira, dia 3 de junho às 11h00, quando as agencias dos bancos do Brasil e Bradesco, foram assaltadas pela terceira vez consecutiva. Só se via gente desesperada com muitos tiros disparados ao mesmo tempo pelos bandidos, felizmente ninguém ainda ficou ferido fisicamente, porém psicologicamente quase todos que presenciaram o assalto ficaram com este trauma. Desta vez os bandidos inovaram, vieram com maior numero de pessoas e carros, alem de motos para dar batidas em redor do local e ampliar a vigilância aos seus comparsas, que estavam cometendo o delito nos bancos.
Eu quero aqui, fazer um registro especial sobre os cúmplices dos assaltantes. quando a sociedade condeubense vai ter que suportar essas pessoas que ficam de plantão assistindo aos bandidos a praticar o roubo? E eles ali a espera que os ladrões fortemente armados, joguem bagatelas, normalmente moedas, produto do roubo então praticado, para aqueles “desalmados e desarmados” cúmplices do delito, que ali costumam fazer platéia aos delinqüentes, sem dizer que isto é feito pelos bandidos, como uma das estratégias do assalto, enquanto os populares pegavam as moedas atiradas pelos bandidos que saíram em disparada.
Se a Polícia aparecer no local, no momento do assalto, será impedida pelos voluntários, “cúmplice do roubo”, que ainda se encontram catando as moedas pelo curso onde fugiram os bandidos, assim sendo, a Polícia ficará prejudicada de suas ações, não podendo atacar ou perseguir a quadrilha armada, porque os populares estão servindo de escudo humano para os bandidos. Por tanto, a sociedade como um todo tem que repreender essa prática, que não se sabe se é por simplicidade ou por ignorância de parte da nossa população. Devemos trabalhar as cabeças dessas pessoas que tem participado dos três assaltos nos bancos de Condeúba de forma indireta, em busca de moedas atiradas pelos marginais logo após o roubo.
Essas pessoas tem que entender, que esta atitude de se aglomerarem para catar moedas atiradas por bandidos, que é produto de roubo, eles serão “cúmplice do próprio roubo” e podem ser enquadrados como tal pela polícia e responder processo, por isso, alem do que, estão botando suas vidas em risco e atrapalhando o trabalho da policia, que é defender e preservar a sociedade na sua integridade.
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