Uma tortura incomparável para os apaixonados pela equipe canarinho. Os germânicos, em 45 minutos, tornaram picadinho o sonho nacional de, enfim, conquistar o troféu em seu território. Um 7 a 1 que não dar margem a senões, ressalvas e paliativos. Não há razões possíveis para explicar tamanho resultado. As ausências de Thiago Silva e Neymar, que seriam motivos razoáveis para justificar uma derrota, não cabem para explicar o que se viu. A pior derrota dos pentacampeões em toda sua gloriosa história!
Depois de muito mistério na véspera, Felipão surpreendeu e escalou Bernard na vaga de Neymar. O menino com alegria nas pernas, na definição do próprio treinador, entrou para atuar pela direita, com Hulk na esquerda e Fred pelo meio. A ideia de ter um meio de campo mais fortalecido, com Paulinho ao lado de Luiz Gustavo e Fernandinho, tentando assim neutralizar o setor mais criativo dos alemães, foi abortada em nome de tentar abafar a saída de bola rival. No início até parecia que a tática poderia dar resultado e o jogo seria disputado, com cara de uma semifinal entre as duas potências. Que nada. Bastou uma jogada de bola parada, arma letal dos europeus, para a filosofia derreter-se. Em um lance de perdição total da defesa aos 10 minutos, Daviz Luiz deixou Thomas Müller livre para fazer seu quinto gol neste Mundial.
A partir daí a Seleção sofreu um colapso inédito em seus mais de cem anos de história. A Alemanha fez seu toque de bola parecer fácil, ludibriando a marcação brasileira. No imaginário coletivo mundial os tedescos jogaram como Brasil, com técnica apurada. Na zaga, Dante, que tanto foi celebrado como conhecedor das virtudes e defeitos do adversário por jogar no Bayern de Munique, foi presa fácil, assim como todo o sistema defensivo. Aos 22, Klose fez seu 16º em Mundiais e isolou-se como goleador máximo nessas 20 edições de Copa. E uma espécie de Carrossel em vermelho e preto passou a desfilar, com um gol atrás do outro.
O desencontro brasileiro no gramado ficou evidente no go, de Khedira, aos 28 minutos. após linha de passe que mais parecia a tão brasileira “roda de bobinho”. Antes, Kross fizera dois. Assim, Felipão e seus comandados foram inertes para o vestiário, com um 5 a 0 inimaginável.
No segundo tempo, Felipão fez o que muitos esperavam que fizesse no início. Povoou o meio, com Paulinho e Ramires, na tentativa de ao menos reduzir o vexame. Não houve trégua. Além de dois gols de Schürrle, que entrou no lugar de Klose, teve a eficiência do goleiro Neuer, que evitou que o Brasil descontasse com duas defesas imponentes.
A Alemanha vai para a decisão após esbarrar duas vezes na sequência nas semifinais e tentará, no domingo, dar a uma exuberante geração uma glória que ainda não veio. Espera pelo seu adversário, que pode ser a Argentina pela terceira vez ou a Holanda pela segunda. Já o Brasil tenta recolher os infindáveis cacos para defender seu orgulho no sábado, no Mané Garrincha, em Brasília, na disputa de terceiro e quarto.
A selecao muito mal escalada , agora pra melhora seria melhor um trenador europeu . O pais deveria ser mais humilde e para de reina um so jogador por que selecao e um grupo em harmonia .