A vida simples na zona rural da cidade de Piripá, não impediu que um jovem casal de namorados colocasse em prática a mais perversa e repugnante natureza criminosa contra o professor Antônio Rocha Pinto, de 55 anos.
Logo após o corpo de Antônio ser queimado no interior de um carro, na estrada entre Piripá e Condeúba, a Polícia Civil localizou e prendeu em flagrante Juarez Dias do Vale, de 18 anos, apontado como autor do crime. Juarez confessou e alegou que a morte não foi planejada, sendo resultado de uma discussão com a vítima, seu ex-companheiro.
Mas, algumas peças não se encaixavam. Se eles não estavam namorando e Juarez estava em outro relacionamento, porque vítima e autor saíram juntos? Essa era uma das muitas dúvidas sobre a dinâmica do crime.
Nessa terça-feira, 07, o delegado Jõao Carlos, em Vitória da Conquista, ouviu a namorada de Juarez, a peça que faltava para fechar o quebra-cabeça. O Blitz teve acesso ao depoimento da jovem detalhando como ocorreu o crime.
Com aparência humilde, mas inemotiva, Hingridy Jardim Barbosa, de 19 anos, demonstrou o seu ímpeto macabro ao revelar ter participado do assassinato ao lado de Juarez.
De acordo com a jovem, seu namorado a contou que morava com o professor, com quem mantinha um relacionamento homoafetivo. Ela terminou o relacionamento com Juarez, mas reatou dias depois, após o caso homoafetivo ser rompido por completo. Todavia, existia uma pendência; o professor tomou a moto que tinha dado a Juarez, o qual alimentava raiva por isso, afirmou a jovem.
De ambos os envolvidos tiveram ameaças, mas o pior ainda estava por vir.
Segundo depoimento de Hingridy, seu namorado a convidou matar Antônio. Ela aceitou prontamente, mesmo sem saber qual método utilizaria para matar o professor, declarou no depoimento.
No dia 30 de outubro, o casal deu início ao plano para assassinar Antônio. Juarez orientou Hingridy a entrar pelas portas dos fundos da casa do professor. Ela ficou escondida no porta malas do carro. Minutos depois, Juarez e a vítima entraram no veículo, passaram num posto de combustível para abastecer e começaram a beber, ainda dentro do carro. A todo tempo Juarez incentivando o professor a beber.
Algum tempo depois, o veículo parou em um terreno já afastado da cidade. Hingridy revelou que ouviu Juarez e Antônio discutirem por causa da moto. O professor afirmava que só devolveria o veículo caso eles reatassem o relacionamento. As vozes de Antônio e Juarez foram se distanciando, até que Hingridy não ouviu mais nada.
Se passaram 15 minutos aproximados, Juarez – completamente nú – retorna e retira Hingrid do porta malas. Juarez leva a jovem até o professor, que estava nú e amarrado, então ela percebeu que eles mantiveram relação sexual.
Juarez obrigou o professor a pedir perdão a garota e a dizer que o devolveria a motocicleta.
A partir desse momento, Hingridy participa efetivamente da execução. O casal leva o professor para o interior do veículo e segue até outro terreno – no percurso Antônio perguntava o que fariam com ele e Juarez o “mandou calar a boca”, disse Hingridy. O casal retira a vítima do carro e a ordena que deite de lado. Juarez pega uma barra de ferro e desfere dois golpes na cabeça do professor, que morreu no local, afirmou a jovem.
O casal pega o corpo de Antônio – Juarez pelos braços e Hingridy pelas penas – e coloca de volta no carro. Eles vão até a estrada que liga Piripá a Condeúba, estacionam o carro, desembarcaram e seguem a pé até a casa da vítima. Lá Juarez pega uma garrafa plástica cheia de gasolina e o casal retorna ao local onde deixou o carro.
Eles finalizam o “ritual” macabro, espalhando combustível no carro e ateando fogo.
O carro fica destruído e o corpo do professor é carbonizado. O casal segue para casa da mãe de Juarez, onde dorme. No dia seguinte, cada um vai para o seu trabalho.
O veículo e o corpo do professor foram encontrados na manhã do dia 02. Horas depois, Juarez é preso. Ele confessa o crime, mas não conta que tudo fez parte de um plano sórdido, conforme revelado pela sua companheira.
Juarez foi preso em flagrante e permanece preso no Conjunto Penal de Vitória da Conquista. Hingrid, mesmo confessando o crime, está fora do flagrante. Agora, o delegado deve pedir sua prisão preventiva. Enquanto isso, a humilde jovem da zona rural de Piripá permanece em liberdade.
*As informações são do site Blitz Conquista
Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.
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