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É preciso ter novo pacto político, diz Eduardo Campos

Publicado por     |   02 Ago 2014
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O ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, disse que “o Brasil não vai melhorar se a gente não tiver um novo pacto político”. No terceiro programa especial GloboNews Eleições, com os principais candidatos à Presidência da República, Campos afirmou, na sexta-feira, 01, à noite que mudou de ideia e não apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff a partir do momento em que percebeu que o governo Dilma deixava a velha política tomar o centro do governo e o País não entrava em rota de governança que levasse ao crescimento, que era um compromisso com a Nação.

“Desde início de 2013, quando a presidente decidiu apoiar a candidatura de Renan Calheiros para o Senado e de Henrique Eduardo Alves para a Câmara, ela tinha tomado uma decisão por uma aliança no centro da governabilidade com esse PMDB e, a partir dali, só foi distanciamento”, afirmou. Para o presidenciável, os problemas na política econômica se aprofundaram no governo da presidente Dilma, que representava a perspectiva de correção de alguns rumos do governo do presidente Lula. “O rumo da própria aliança política”, comentou.

A partir de 2005, do chamado do Mensalão, o PMDB foi ganhando espaço no governo Lula, como ganhou no governo de Fernando Henrique, a partir da luta pela reeleição, pela emenda da reeleição, descreveu. “A gente imaginava que a presidente Dilma iria afastar essa velha política e abrir espaço para todo um conjunto que historicamente ajudou a construção desse projeto, não é que acontece exatamente o contrário. O País para, a gente vê um governo que prometeu o desenvolvimento e o País parou de crescer.

Nós vimos o governo prometer que a taxa de juros ia baixar, e vimos o juro real mais elevado, e vimos um governo que não conseguiu colocar o país num ciclo de avanço”, explicou. O candidato do PSB à Presidência disse que o rompimento com o governo Dilma ocorreu porque o campo político de onde ele e Marina vêm tem clareza de que o Brasil não vai melhor se não houver um novo pacto político. Segundo ele, o presidencialismo de coalização que foi uma verdade no segundo governo de Fernando Henrique, que deixou o Brasil com 12% de inflação, esse presidencialismo não vai responder a pauta que a sociedade brasileira coloca, que a carga tributária está elevada e os serviços públicos não estão funcionando.

“Se isso é verdade, aqui no meio está o Estado, dividido em pedaços, pelas forças mais atrasadas, que se apropriam de fatias do Estado e que não conseguem responder a essa pauta. Como resolver isso? Ou você tem a coragem de mudar a sustentação política ou não vai ter mudança.” Hoje, essa força que a sociedade tem, não se representa nos dois projetos, seja da Dilma, seja da oposição clássica que representa o PSDB, afirmou.

Fonte: Política Livre

Micael B Silveira

Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.

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