A situação do Partido dos Trabalhadores ganha contornos inimagináveis quando se toma como base cerca de dois meses e meio atrás, quando Lula ainda não era réu de processos e o partido não tinha experimentado a queda não esperada nas recentes eleições municipais. De repente, tudo ficou confuso e complicado para o PT. Lula passou a ser réu em três processos penais, o último deles nesta quinta-feira (13). Provavelmente poderá a responder a mais três, ou quatro, todo previsíveis. O líder e criador da legenda agora se nega a presidir o partido. Até aqui não há outro nome com a sua dimensão. De certo modo, ele parece ter plena noção de que se for o comandante, como diversos integrantes do partido desejam, mais adiante a sua situação poderá vir a se complicar se for levado à prisão. Muitos nomes petistas estão em debandada. Com a perda de adeptos, as possibilidades de que a legenda definhe são enormes, principalmente os políticos que ingressaram na legenda na expectativa de se elegerem a cargos eletivos. A queda que ocorreu nas eleições municipais, muito maior do que o esperado, lançou uma pá de cal sobre o partido, que será muito maior se se Lula chegar a ser preso, o que está certamente dentro das suas expectativas. A crise que se abateu sobre a Petrobrás a partir da deslavada corrupção envolveu os partidos políticos em todas as esferas, mas principalmente, o Partido dos Trabalhadores, daí os processos que o ex-presidente passará a responder, cujos sintomas atingirão com força a sua legenda. Serão necessárias mudanças em todos os aspectos para que o partido possa renascer.
Engenheiro de Controle e Automação, Empreendedor, Jornalista nas horas vagas e apaixonado por sua terra natal: Condeúba.
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