O pensamento das ruas
Por: Oclides da Silveira
Por que os políticos detentores dos atuais mandatos não municipalizam as discurções com os movimentos de ruas? Será que há receio por parte deles que muitas vezes depois de eleitos desaparecem do convivo popular, só retornam o contato com o povo no último ano do seu mandato, para pedir o voto novamente para continuar mais quatro anos no poder? Ou será ainda que os políticos não entenderam as mensagens dos movimentos das ruas e janelas?
Não importa de uma forma ou de outra, o certo é que a massa já não suporta mais enrolação por parte do Poder Público.
Tudo tem que andar rápido nos dias de hoje, inclusive na administração pública, assim como ocorre às mudanças no mundo, a população está conectado 24 horas em tempo real, com todos os lugares do planeta e fora dele.
Por tanto, não há mais espaços para os administradores públicos ludibriarem o povo com palavreados do tipo: “eu vou ver”, ”se der jeito eu faço”, “volta depois”, “vai passando por aí, o dia que dar certo eu ti atendo”. Isto faz parte de um passado retrógada que não deixou saudades, hoje o povo só trabalha com planejamento e previsão de datas não muito longas, se falhar, como dizem na gíria, “sujou”, aí o administrador cai num descrédito total.
Tem também o gravíssimo problema dos candidatos sorrateiros que gostam de dar rasteira no povo, na época das campanhas eleitorais, eles saem comprando e pagando votos pelo preço que encontrar, alem do que, eles prometem mundos e fundos se for eleitos, mentindo para o povo. Em contra partida, aceitando tudo que lhe é pedido, ele concorda com tudo dando a seguinte justificativa:
Assim que eu for eleito, pode me procurar que estarei pronto para atendê-los. Num entanto, depois de eleito ninguém mais consegue falar por telefone com o cidadão, muito menos encontrá-lo nos três primeiros anos do seu mandato, só retorna a fazer contato com o povo na época que começa as campanhas políticas para pedir novamente o voto e tornar reelegê-lo.
Mas, ele não vem com uma relação das obras que fez durante os três anos, que esteve desaparecido do meio do povo, muito menos se participou de algumas negociatas que lhe rendera alguns dividendos financeiros. Como certa vez disse Jô Soares, vamos no popular, “se ele meteu a mão no dinheiro publico”!
Horas bolas! Tudo tem limite, até quando vamos ter que engolir essas tramóias dos nossos homens públicos? A final de contas somos nós eleitores que damos os mandatos aos políticos por quatro anos e aos Senadores oito anos, “o que é um absurdo”.
É verdade! Somos nós também quem pagamos os gordos salários de todos os políticos no poder. Muito embora, a população não é convidada para participar das discurções de aumento salarial dos políticos, razão pela qual, há valores tão aviltantes nos salários dos homens públicos. Então o povo quer conversar sobre essas mazelas, que os políticos desonestos tem feito com a sociedade ao longo dos anos.
Uma idéia que foi boa demais em quanto durou, em São José do Rio Preto/SP., os aumentos salariais tanto do Executivo quanto do Legislativo, só ocorria depois de ser ouvida a sociedade organizada, após amplos debates realizados em várias reuniões. Em caso de concessão de aumento salarial, então, encaminhava-se aquela proposta resultante dos debates e decisão da sociedade à Câmara para ser votada e aprovada pelos vereadores, só para dar legalidade.
Que tal fazermos o que fizeram os rio-pretenses? A sociedade organizada de cada município representada por Prefeitura, Câmara de Vereadores, Sindicatos, Associações de Moradores ou de Categorias, Cooperativas, Centrais, Clubes, Igrejas, OAB, Maçonaria, Conselhos, entre outros. Vamos procurar corrigir e assessorar nossos políticos municipais, isto posto, com certeza nossos problemas diminuirão, pois, moramos primeiramente no município, ninguém mora no Estado ou União.
É verdade! O Brasil alterou seu status de “deitado eternamente em berço esplendido”, para “verás que um filho teu não foge à luta”. Conforme cartaz exibido abaixo numa das manifestações de ruas.
Acadêmica de Direito e vice-Presidente do Diretório do curso na Faculdade de Guanambi, assume a coluna Jurídica no FRC.
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