Ou seja, a avaliação de séries econômicas de diversos indicadores que podem identificar o curso de um declínio na taxa de crescimento antes de se confirmar uma recessão técnica de dois trimestres seguidos de Produto Interno Bruto (PIB) negativo. Existem duas ou mais formas de classificar recessões econômicas, afirma o economista do Sicredi, Pedro Ramos.
A mais usual é aquela que aceita como tal o registro de dois trimestres consecutivos de PIB negativo. "Nós pegamos uma série de variáveis e indicadores antecedentes e coincidentes para ver se neste momento estamos ou não em recessão", explica o economista. “Nosso principal resultado é que estamos com 90% de chance de já estarmos em recessão no segundo trimestre", anotou Ramos. Para ele, muito dos 90% de probabilidade de a economia estar em processo de declínio na sua taxa de crescimento se deve ao mau comportamento da indústria.
Além disso, colabora para o mau momento da economia o fato de que em outras épocas, a despeito de a indústria não crescer ou crescer menos, a agropecuária e os segmentos de serviços mostravam taxas destacadas de crescimento. Agora, observa Ramos, serviços e agropecuária estão crescendo menos. "Caracteriza-se assim um quadro que não acontecia desde 2009. Agora, as diversas variáveis de confiança estão caindo para níveis não vistos antes", afirma.