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PT suspende filiação partidária de deputado suspeito de elo com facção
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A liminar foi concedida no sábado (5) pelo juiz Fernando Camargo, do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele atendeu um pedido do deputado estadual Luiz Moura, que é investigado pela polícia de São Paulo por suposta ligação com uma facção criminosa. A liminar concedida ao deputado determina que ele seja reintegrado ao partido e que a convenção da qual ele não pôde participar seja anulada.
O diretório do PT em São Paulo afirma que ainda não foi notificado, mas que vai recorrer. Caso a liminar não seja derrubada, Padilha poderá ser impedido de participar das eleições, já que a o último dia permitido pela legislação eleitoral para a realização de convenções e escolha de candidatos foi 30 de junho.
Investigação
Em sua decisão, o juiz Fernando Camargo entendeu que os documentos juntados aos autos demonstram que Moura foi suspenso de suas atividades partidárias com base em fatos lançados pela imprensa e sem a devida apuração.
Deputado desde 2010, Luiz Moura foi encontrado, em março, por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) participando de um encontro na Zona Leste com representantes de uma cooperativa de ônibus, um ladrão de banco e supostos integrantes da facção criminosa, que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo.
Moura afirmou que atuava como interlocutor para impedir a paralisação de motoristas de ônibus na Zona Leste. "O que se discutia era a interlocução minha com os trabalhadores para que a gente não deixasse ter greve na Zona Leste para que a cidade não parasse da forma que parou", afirmou.
Estudante de direito, Luiz Moura foi eleito com 104.705 votos. Ele nasceu em Batalha (AL) e diz ter base eleitoral concentrada na zona leste da Capital, principalmente em Guaianases, Cidade Tiradentes, Itaim Paulista, São Miguel Paulista e Itaquera.