A tentativa de judicialização do IPTU, movida direta e indiretamente pelo Partido dos Trabalhadores e apoiada por alguns partidos e outras entidades, vem na contramão do que a sociedade exige dos seus representantes políticos e se mostra inadequada ao momento que vive não apenas a cidade, mas o próprio Brasil. Ao defender os grandes empresários, os proprietários e especuladores de terras urbanas, o PT pratica uma injustiça com o povo soteropolitano, especialmente o mais necessitado de atenção e amparo dos poderes públicos.
Ainda inconformados com a derrota eleitoral, e buscando um terceiro turno, esses partidos contestam uma decisão tomada pelos vereadores, representantes populares legítimos, incumbidos dessa prerrogativa, que tiveram a sensibilidade de compreender as necessidades da administração para empreender o projeto de mudança que Salvador experimenta, que devolve ao povo, em obras e serviços eficientes, os impostos recolhidos. Um projeto legitimado nas urnas, representante da maioria do pensamento da população, e que por isso merece mais responsabilidade na apreciação.
Os questionamentos em relação ao IPTU, e suas eventuais distorções, podem ser objetos de recursos administrativos, ou até judiciais, porém, inviabilizar a nova Lei como um todo não contribui com a cidade e serve apenas para impedir as ações planejadas pela prefeitura, com o nítido interesse eleitoreiro, da politicagem oportunista, que busca espaços para obter vantagens, mesmo que isso represente prejuízos para a população da cidade.
Os partidos da base de apoio da prefeitura de Salvador vêm a público repudiar essas práticas políticas antiquadas, feitas com o nítido intuito eleitoral, que afrontam quem foi eleito, e legitimado democraticamente, para tomar essas decisões, e destoam da conduta do prefeito, e da sua administração, como facilitadores de qualquer ação que represente algo positivo para o cidadão soteropolitano, independente das posições políticas.
Não podemos aceitar que nossa cidade mais uma vez pague o preço cruel das disputas políticas com a interrupção do projeto administrativo que foi legitimado nas eleições de 2012. Por isso, confiamos que as entidades sérias da sociedade possam compreender a situação financeira delicada da prefeitura e acatem um diálogo colaborativo, e que o Poder Judiciário mantenha sua conduta isenta habitual, reconhecendo a legitimidade do processo, para o bem da cidade, para o bem da população de Salvador, que não pode ser vítima de interesses políticos ou do poder econômico, pois já percebe e aprova os resultados de um trabalho competente, que precisa ser apoiado e continuado.
PMDB – DEM – PPS – PSDB – PTN – PV – PROS