Na carta, o ex-diretor extravasa sua angústia. Confira abaixo trechos da carta:
“Não preciso dizer, todos sabem, os diretores da EBDA são inteiramente submissos às Secretarias de Administração, Fazenda e por fim Casa Civil e Governadoria. Com isso quero dizer, que nada temos de autonomia para negociação de passivos e outros direitos.
Enquanto diretor, não era ético externar esta minha solidariedade. Mas, uma vez afastado do cargo posso, devo dizer que a EBDA, como empresa pública de ATER, responsável pela execução das mais diversas políticas públicas de desenvolvimento rural, não deveria ser tratada, historicamente pelos governantes, com tamanho descaso.
A EBDA está sangrando, junto com seus servidores, aonde deixará de executar as chamadas públicas já ganhas, por falta de certidões negativas, dentre outras mazelas que não convém falar. Ora quem sairá perdendo? Os agricultores familiares, os servidores e toda a sociedade.
A reestruturação precisa sair da retórica para a prática. E a negociação e pagamento do passivo e realização de concurso público se tornam urgentes e necessários. Estou falando de concurso público com o cumprimento da Lei 4.950-A. Ou seja, com o pagamento do salário mínimo profissional no que se refere a empresas celetistas, como é a EBDA.
Basta cumprir a Lei! Estou 100% solidário a essa luta. Como está, realmente, não deve e não pode continuar”.