O prefeito de Condeúba, José Augusto (Guto - PT), parece estar alheio ao delicado momento econômico que o país vem enfrentando. Não bastasse a criação de cargo e mais nomeação, além das mudanças administrativas que vão na contra mão do bom-senso no que se refere a gestões em tempos de crise econômica, eis que agora surge o projeto de Lei Nº 022/2015, para que a câmara de vereadores autorize o prefeito a tomar um empréstimo junto ao DESENBAHIA no valor de R$ 3.000.000,00 (Três milhões de reais).

Faltando apenas um ano para as eleições, e sem qualquer sucesso nas inúmeras tentativas de captar recursos na esfera estadual e federal, sob o comando dos seus companheiros de time / aliados partidários, o prefeito busca uma saída para tentar salvar a imagem da sua gestão - porém com um projeto um tanto polêmico - endividando o município.

O projeto oferece o Fundo de Participação do Município (FPM) e o ICMS como garantia, caso a parcela não seja paga, concede o pleno direito ao credor de debitar diretamente das contas do município o valor que ficar em aberto. Esses recursos são as principais fontes para pagamentos importantes como salários de funcionários e fornecedores.

De acordo com o projeto, não há nenhuma definição clara para aplicação desse recurso. Apenas uma destinação genérica de qual área deve ser aplicada, mas sem qualquer minúcia. 

Caso ele seja aprovado, o município deve contrair uma dívida para os próximos 10 anos, deixando essa herança para as futuras gestões. Ele segue agora em análise por parte dos vereadores, que podem aprovar ou reprovar, e será votado na próxima sessão. 

Veja o projeto na íntegra:

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As dificuldades são muitas. Desde que assumiu o paço municipal, o Prefeito José Augusto (Guto - PT), de Condeúba, ainda não conseguiu trazer expressividade para sua gestão, nem reverter a crescente rejeição da sua atuação à frente do executivo municipal. Uma recente entrevista concedida pelo petista ao site Expressão Bahia, um tanto contraditória, é o reflexo claro desse cenário. "Em relação as eleições, ele afirmou apenas que se o continuar dando tudo certo ele vê a possibilidade de ser candidato, mas não só a vontade dele prevalece, ainda haverá algumas reuniões internas para que o candidato seja definido."

Ou seja, já há um movimento não só externo, mas também interno de reavaliar o nome de Guto, como de fato, um bom candidato para as eleições de 2016, algo muito incomum de se ver em reeleições, e também contrário a alguns discursos do próprio prefeito de meses atrás - A situação parece se agravar. De acordo com fontes ligadas diretamente ao prefeito, as próximas eleições traz grandes desafios da ordem política para o grupo. O principal deles gira na definição do vice candidato, que pode causar até uma divisão dos aliados, dando origem a um terceiro grupo político na cidade, a depender do desfecho.

De um lado, uma ala apoia a manutenção da atual vice-prefeita na chapa para 2016, principalmente por ter grande participação em algumas das poucas realizações do governo, do outro, sob forte pressão, nomes como o do ex-Secretario de Obras e Infraestrutura e advogado Diolino Telles, reúne apoio e acumula força política. 

Outro calcanhar de aquiles que o grupo já vem enfrentando, são as disputas internas pela liderança de partidos que vem gerando indisposições, controversas e divergências, criando, já dentro do grupo, alas antagônicas, declaradamente. O fato é que, os dias vão passando, a situação econômica do país se agravando, e o povo ainda aguarda ansioso por tudo o que foi prometido em campanha eleitoral. Pela entrevista, o prefeito disse estar esperançoso para o ano que vem. Resta agora aguardar. Até as eleições, falta pouco mais de um ano, é o tempo que o governo tem para mostrar a que veio, apesar de se tornar tudo mais difícil para se realizar qualquer ação, por se tratar de ano eleitoral.